sábado, 5 de novembro de 2011

IDH plano e em 3D: Liberdades Econômicas


Considerando que esta visão não mostra a real dimensão da qualidade de vida destas sociedades e destes estados, alguns em franca derrocada na Europa, como os PIGS – Portugal, Itália-Irlanda, Grécia e Espanha, embora com boa educação e boa saúde; ou ainda que outros, como nossa triste Cuba, sem qualquer sinal de saúde, digamos, holística, também consta do ranking em melhor posição que o Brasil, resta saber o que, então, faz a diferença.
Renda faz a diferença. Musculatura econômica faz a diferença, como vemos no caso de Hong Kong. Economia de Estado não faz a diferença, como podemos constatar observando a China.
“Turbinar” pontualmente os dados educação e saúde, a custa de liberdades, sejam de que natureza forem, não traz felicidade a um povo e nem estabilidade a um Estado. Também não vale só “engordar” a renda dos mais pobres e vender este peixe como felicidade geral de uma nação sem educação e sem saúde – e sem liberdades, inclusive a liberdade econômica. Um avanço aritmético apenas, não vale.
É impossível não ver, neste ranking de “desenvolvimento humano”, que o único ponto comum entre os países estavelmente posicionados, tais como Austrália, Holanda, EUA, Canadá, Nova Zelândia, Alemanha, Japão, Honk Kong, e até mesmo Chile, é semelhança de sua classificação nos diversos índices das Liberdades Econômicas (e.g. www.heritage.com) – liberdade para os negócios, para o comercio, liberdade de trabalho, tributos razoáveis, tamanho do Estado, índice de corrupção, liberdade monetária e financeira, liberdade de investimentos e direitos de propriedade.
Impossível ainda não reconhecer que as contradições na classificação de países tais como Brasil, Líbia, Tunísia, Egito, Cuba, China, Argentina, Venezuela, Bolívia ou Coréia do Norte, estão no modo como eles lidam com suas Liberdades Econômicas.
Se este ridiculamente pequeno avanço havido no índice do Brasil tiver sido em virtude dos ajustes estruturaisno item renda, ótimo. Comemoremos. Mas, se isto se deve ao programa Bolsa Família, perdão, mas não significa muita coisa para a saúde e para a educação das atuais gerações de brasileiros. Talvez signifique um retrocesso, como nos têm mostrado os PIGS com seus salários desemprego, previdência quebrada, saúde e educação insustentavelmente caras e estados quebrados.

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