sábado, 17 de abril de 2010

Geografia, percepção e subjetividade

A subjetividade é o que torna as percepções do mundo num verdadeiro emaranhado de idéias que construímos ao longo das nossas vidas. Essas idéias são alimentadas não só com o conhecimento empírico, mas também com os conhecimentos teóricos presentes nas escritas, nos grandes veículos de comunicação e na sabedoria alheia. Esses dois elementos vivem trabalhando juntos de uma forma verdadeiramente dialética, na qual um sempre será o arcabouço do outro.


Tendo isso em vista, acho necessário trazer uma observação que considero importante: O conhecimento empírico é sempre influenciado por aquilo que você conhece, seja ele a partir do próprio conhecimento empírico, ou seja ele atrelado às diversas concepções teóricas construídas ao longo da vida.

Quanto mais base teórica e empírica nós temos, mais seremos capazes de entender e alavancar novos conhecimentos à medida que percebemos o mundo. As percepções da paisagem, portanto, são um verdadeiro emaranhado de conhecimentos subjetivos atrelados as novas cargas de informações recebidas ao longo das respectivas observações e, conseqüentemente, das posteriores análises.

A partir dessa idéia, podemos considerar que os conhecimentos teóricos encontrados nos livros e nas palavras não é o mundo e nem a verdade sobre o mundo, mas sim uma visão, uma interpretação, um entendimento, uma explicação sobre aquilo que é percebido por aquele que o expressa. Nada é realmente aquilo que foi descrito ou visualizado em imagens. É apenas uma idéia daquilo que pode ou não pode ser real.

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