A tempestade que atingiu o Rio de Janeiro foi uma verdadeira tristeza que contagiou muitos brasileiros ao longo desta semana. Muitas familias perderam os seus entes queridos e as suas casas, nesse contexto tão caótico em que toda região está vivenciando.
O presidente da república e uma leva de outras pessoas afirmaram que este incidente foi uma fatalidade. Porém essa palavra "fatalidade" tornou-se um tanto perigosa principalmente quando elas saem da boca do Estado e de empresários negligentes. Isso porque essa tal expressão que significa " Qualidade do que é fatal; Desastre; desgraça", aparece aos olhos dos nossos governantes como sinônimo de "deixa pra lá" ou "faz parte". E realmente isso acontece.
E, como de costume, outras denominações são bastante utilizadas quando ocorrem essas trágicas histórias. É o caso da palavra "negligência", muito comum na boca de todos aqueles que não são responsáveis daquilo que o governo chama de "fatalidade". Uma outra é a chamada "providência", sempre acompanhada de seus amigos "verba", "estado de emergência", "remoção", "indenização"... e por aí vai. E não vamos esquecer da palavra "desastre", tão comum que vai significar "banal" daqui a alguns anos.
O que eu quero deixar em destaque é o termo "área de risco". Parece que os nossos governantes ainda não assimilaram o seu significado. Ou será porque a famosa "negligência" está onipresente? O caso do deslizamento no Morro do Bumba é um verdadeiro retrato do que estou dizendo. Pelo menos dois estudos alertaram da possível tragédia que se tornou um fato. Como se precisasse fazer estudos para saber que uma área de lixão fosse perigosa. E o que o governo fez? Cruzou os braços, como de costume. E aquilo que eles denominam de "fatalidade" acaba se tornando algo "inevitável".
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