Entenda como a desertificação agrava os impactos da seca no semiárido nordestino.
A Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação conceitua a desertificação como o processo de degradação das terras das regiões quentes e secas, resultante de fatores diversos tais como as variações climáticas e atividades do homem.
O uso inadequado do solo principalmente por conta da agropecuária provoca um vagaroso processo de empobrecimento de suas terras. Pouco a pouco os solos que antes proporcionava uma boa colheita torna-se estéril, a ponto da própria natureza não conseguir mais se restaurar.
De acordo com as informações do Atlas das áreas susceptíveis à desertificação do Brasil, as áreas ameaçadas pela desertificação cobre uma superfície de 1.340.863 km², abrangendo um total de 1.488 municípios nos nove Estados do Nordeste, além do norte de Minas Gerais e do norte Espírito Santo.
Mapa demonstrando as áreas susceptíveis a Desertificação.
Portanto, nota-se que o risco de desertificação é grande no semiárido nordestino. Desta forma, devemos prestar atenção ao desenvolvimento das técnicas de produção no setor agrícola e nos incentivos governamentais. Muitos produtores passaram a plantar suas culturas em terras nordestinas, porém por muitas vezes essas atividades são feitas de forma indiscriminada, comprometendo a capacidade produtiva dos solos.
Bruno Cardoso S. M. Silva
BRASIL. Atlas das áreas susceptíveis à desertificação do Brasil. MMA, Secretaria de Recursos Hídricos, Universidade Federal da Paraíba; Marcos Oliveira Santana, (Org). Brasília. Ministério Meio Ambiente, 2007.
CAVALCANTI Edneida Rabelo; COUTINHO, Solange Fernandes. Soares; SELVA Vanice Santiago Fragoso. Desertificação e desastres naturais na região do semiárido brasileiro. Revista Cadernos de Estudos Sociais v. 22, n. 1, jan/jun, 2006. Recife: Editora Massangana, 2007. p.19-31.
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